sábado, 23 de abril de 2011

Sua Santidade Pixinguinha

Queridos (poucos) leitores, peço desculpas pela "escapada". Pela ordem, essa postagem deveria ser sobre tênis, já que a primeira foi sobre cervejas e a segunda sobre samba. Porém esta será uma postagem extraordinária. Prometo que dificilmente sairei da ordem, como hoje.

O motivo dessa "escapada" de roteiro se chama Alfredo da Rocha Viana Filho, aniversariante do dia 23 de abril (assim como meu querido irmão Breno Scorza). Nascido em 1897, o vulgo Pixinguinha estaria hoje completando 114 anos. Não é por acaso que o Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril.



Flautista, saxofonista, compositor e um dos maiores arranjadores brasileiros. Integrou conjuntos famosos e importantes da primeira metade do século XX, como o Caxangá, os Oito Batutas e o Regional Benedito Lacerda. Criou arranjos avançados e inovadores para intérpretes de peso, como Mário Reis e Chico Alves. Compôs choros imortalizados, como Carinhoso, Um a Zero, Lamentos, Naquele Tempo, Sofres porque queres.

Pixinguinha elevou a música popular brasileira a um nível de erudição quase que inimaginável. Improviso, arte, técnica, tudo junto. Seu nome ficará gravado para sempre no espaço dos "sobre humanos", aqueles que fazem acontecer o que parece ser impossível.

No link abaixo segue vídeo onde Pixinguinha é acompanhado por Benedito Lacerda, João da Baiana, Donga, Bide e outros. Relíquia sagrada.
http://www.youtube.com/watch?v=wrmR82_CnEA&feature=share

Vinicius de Moraes, com sua inteligência tamanha, sabe do que fala: "...Pixinguinha, eu acho que é o próprio Deus em pessoa. Pixinguinha é um santo. Se houvesse uma igreja brasileira, creio que Pixinga seria canonizado em vida."

Parabéns, grande mestre do choro. A música do povo agradece pelo toque divino.

Um comentário:

  1. Bieler, não se preocupe com a ordem de postagens... deixe o seu coração te guiar... seus leitores querem ler o que se passa no seu coração. Se o momento é para falar de Samba, fale quantas vezes for necessário.

    Sinto que encontramos um espaço para abrir nossos corações.

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